[Resenha] O Guardião de Memórias, Kim Edwards
Sinopse: Inverno de 1964. Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas o médico logo reconhece na menina sinais da síndrome de Down. Guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças do passado, Dr. Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e o assombrará até a morte - ele pede que sua enfermeira, Caroline, entregue a criança para adoção e diz à esposa que a menina não sobreviveu. Tocada pela fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar Phoebe como sua própria filha. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar do imenso vazio causado pela ausência da menina. A partir daí, uma intrincada trama de
segredos, mentiras e traições se desenrola, abrindo feridas que nem o tempo será capaz de curar.
Drama | 368 páginas | Avaliação 2/5
O Guardião de Memórias nos conduz a um assunto delicado; todas as suas fichas apostadas nele são como sendo um livro que faz chorar. A trama é extremamente leve, sem muitos confrontos, o que pode gerar certa monotonia em alguns momentos. Suas páginas retratam o cotidiano dos personagens. Não é uma leitura simples e nem aconselhável para todas as idades, por isso certifique-se se o livro bate de encontro com o que você procura.
“(...) sua mentira a fizera sofrer de uma maneira que ele nunca havia imaginado nem pretendido.”
David e Norah se casaram pouco tempo depois de se conhecerem. A moça estava esperando um bebê. O tempo lá fora era totalmente desfavorável, mas como o caso era de extrema urgência, o casal saiu de casa a fim de cumprir o parto. O próprio marido que teve de realizá-lo, mesmo sendo apenas um ortopedista.
Foi uma noite de intensa alegria... e tristeza. Quando o homem viu que haviam nascido gêmeos, sendo que a menina era portadora de síndrome de down e o menino não, entregou a bebezinha para Caroline, sua enfermeira, dando ordens de que a levasse até uma instituição e a deixasse por lá. Esta, porém, sentiu empatia pelo neném, o que a levou a cuidar dele como se fosse seu.
Estamos falando sobre uma história que se deu início no ano de 1964. David Henry explica que a garota sofreria de sérios problemas no coração e acabaria não sobrevivendo por muito tempo. Por isso queria poupar sofrimento. Mas a história que contou para sua esposa fora que a menina havia falecido. Ela, inconsciente após o parto, acreditou na versão do marido. Depois disso a mulher nunca mais foi a mesma.
O tempo não parava, e quanto mais ele passava, menos Norah se esquecia da morte da filha. Havia um buraco em sua vida que só poderia ser preenchido pela garotinha. Diante disso, muitos problemas surgiram com a ausência da mesma; aquela que deveria estar ao lado dela desde o nascimento.
“Quanto a Phoebe, ela a manteria viva no coração.”
A dor por manter um segredo deixava David constantemente perturbado e sem saber com o rumo que sua vida tomava. Traições, desrespeito, rebeldia e desânimo constante. Começou a fugir da consternação evidente através de um hobbie chamado fotografia.
“A julgar apenas por aquelas imagens, ninguém poderia suspeitas dos intricados mistérios de seu coração.”
O Guardião de Memórias nos traz à tona toda dor sentida pelas oportunidades perdidas. Apesar de consentimos claramente a forma erroneamente fugaz da escolha feita pelo doutor Henry, o mesmo dispensa compaixão. O reencontro da garota com sua família biológica é o que não nos faz de desistir da leitura. Prepare seus corações, pois O Guardião de Memórias pode deixá-lo em pedacinhos.
Até a próxima!
Comentários
Postar um comentário