[Resenha] LONEY, Andrew Michael Hurley | Vale a Pena?
Sinopse: Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante uma tempestade de inverno numa extensão da sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes quando ainda era criança e visitou o lugar.
Thriller | 304 páginas | Avaliação 4/5
Ataquei fervorosamente Loney em poucos dias no meio da minha MLI 2016 hahahah A capa me chamou atenção logo de CARA e após ler a sinopse não pensava em outra coisa que não fosse "Preciso ler Loney!". Óbvio que, com essa jacket e capa dura maravilhosa, e também por ser lançamento, o livro não só chamou minha atenção, mas teve uma aceitação incrível do público, consagrando-o como um dos lançamentos queridinhos do momento. Eu acabei lendo-o no formato e-book.
História <3
O Livro aborda um tipo de cenário que tem tudo para parecer monótono, mas isso com certeza está fora do cardápio. Uma casa no meio do nada. Sim. Os mesmos rostos em todos os capítulos e diálogos e mais diálogos nesse pequeno espaço em que as personagens (sim, personagem é no feminino, mas não é pecado quando no masculino :p) dispunham. É interessante quando um escritor consegue fazer isso, digo, mover a história mais por meio de diálogos do que por acréscimos de espaço, tempo e personagens.
Na narrativa, um garoto que chamam apenas de Tonto, nosso narrador, parte com a família e mais um grupinho de pessoas de uma igreja católica em direção a um lugar chamado Loney em função de um retiro de Páscoa. Sua mãe acredita que tal lugar seria a cura para a mudez de seu irmão chamado ora Andrew, ora Hanny. A mulher, muito religiosa, acreditava que lá ele receberia esse milagre.
Ela estava convencida de que lá – e somente lá – Hanny teria alguma chance de ser curado.
A maior parte da ação e desenvolvimento do livro fica por conta de Tonto e seu irmão. Como eram apenas crianças, os dois se aventuravam explorando as redondezas do lugar. Durante essas andanças, se envolveram sem querer com alguns vizinhos nada gradáveis e muito suspeitos. Era dever de Tonto proteger seu irmão, se alguma coisa acontecesse a ele... sabe-se lá o que sua mão era capaz de fazer.
Era impossível conhecer de verdade o Loney. O lugar mudava a cada afluxo e recuo das águas, e as marés revelavam os esqueletos daqueles que pensaram que poderiam escapar das suas traiçoeiras correntes. Ninguém jamais chegava perto da água. Isto é, ninguém exceto nós.
Observação: Em Loney, o momento presente, Tonto e Hanny/Andrew já estão adultos. Tais fatos acima aconteceram anos e anos após o presente, lá pelos anos 70. Ele acaba se lembrando do que viveu com seu irmão, pois houve um assassinato recentemente em Loney. Tonto não teve essas lembranças a toa. Alguma coisa aconteceu que o assombra desde então, mesmo 4o anos após tudo que aconteceu.
Quanto mais a gente tenta esquecer, mais se lembra. Os pecados são assim, não?.
Vale a Pena?
Dizem que a leitura flui bem mais rápido com e-books, e confirmo que comigo essa colou. Comecei Loney para descansar de Tempo É Dinheiro, de Lionel Shriver (ô leiturinha cansativa!). E não é que fiz as apostas certas? Além de descansar, eu curti cada momento.
Loney apresenta uma narrativa bem descritiva e bastante diálogos. Enquanto lia ansiava por ação, alguma coisa que arrancasse meu fôlego. O autor criou o cenário perfeito para isso, porém, o que faltou foi exatamente mais "movimento". Digo, a cada capítulo que lia ficava esperando alguma coisa aparecer e me morder desprevenida, sabe? Aquele momento em que a gente está até com serenidade no olhar, e de repente PÁH!, mas não. O final é por igual maneira de desenvolvimento que ocorreu durante toda narrativa do livro.
Obviamente, o livro não se comprometeu pelo seu final, mas senti que faltava alguma coisa. Aqui, a emoção não é manifestada nos desfechos, mas trabalhada como um todo em cada capítulo, cada linha.
Será que Loney vale a pena? Daria uma chance ao livro? Se já leu, foi uma leitura proveitosa? Se não, lhe dou mais alguns motivos para lê-lo:
Loney não é apenas bom, é sensacional. Uma extraordinária obra de ficção.
Stephen King
Passei uma noite em claro lendo Loney, e o livro me assombra desde então.
The Daily Telegraph
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