[Resenha por Mylena Machado] O Teorema Katherine, John Green

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Sinopse: Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

 


O Teorema Katherine (An Abundance of Katherines) Editora Intrínseca|304 páginas|  ISBN 978-85-8057-315-2

A trama descreve a história de vida de Colin Singleton, um prodígio de 17 anos, cabelo afro-judeu, pai superprotetores, 1 teorema e sonhador (de ser um gênio famoso).

Colin Singleton nunca foi lá muito popular (o muito aqui é nada, absolutamente nada). Por ser um fugging nerd muito irritante, era constantemente alvo do abominável Homem das Neves, o que não o levava a ter amigos. Teve 19 namoradas, todas chamadas Katherine. Seus relacionamentos com as Katherines (obviamente um de cada vez) sempre foram curtos (ele levou fora de todas!). Então, vamos logo ao início do fim!

Quando Katherine XIX (assim denominada por Colin) havia terminado com ele, o garoto se derramou na dor que sentia, sozinho no seu quarto. Em meio a esse sofrimento, Colin foi interrompido por seu melhor amigo Hassan, um gordo e hirsuto de ascendência libanesa, que teve a brilhante ideia de cair na estrada para ajudar seu amigo a se recuperar. Sem rumo, simplesmente entrar no carro e dirigir para algum lugar.
“É possível amar muito alguém. Mas o tamanho do seu amor por uma pessoa nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir dela”.

Após convencer seus pais a sair subitamente por aí para o nada, chegam a um lugarzinho chamado Gutshot, em Tennessee. Visitaram o túmulo do arquiduque Francisco Ferdinando. Nesse instante, o rapaz teve um momento eureca, descobrindo a ideia inicial de um teorema que previa o relacionamento não só das Katherines, mas qualquer relacionamento, e partir daí não parou de trabalhar nele. Foi quando coincidentemente depararam com Lindsey (uma guia turística), Hollis, mãe de Lindsey, e seus amigos. Por algum motivo inoportuno para o momento, conhecia Colin. Ela ofereceu a ele e a Hassan um jantar. Foram convidados por Holli a se hospedarem na casa dela. Decidiram então, juntos, aceitar o convite de passar uns dias na mansão cor de rosa, e na mesma semana conseguiram um emprego.

Por conta do emprego, Colin e Hassan passaram semanas em Gutshot. Quanto mais eles ficavam lá, menor era a vontade de ir embora. Não que a cidade era grande coisa, mas viveram algo por lá fora da realidade que viviam em Chicago. Houve riso, choro, briga, angústia... O que intensificou mais a amizade de cada um, porque há certas coisas que você vivencia com alguém que não dá para não chamá-los de amigos depois.

Colin não esquece Katerine XIX. Chega um ponto em que acredita que seu teorema não funciona, mas recebe uma ajuda inusitada e as ideias e apoio que recebe o ajuda a continuar com sua descoberta. Colin não descansa nem um minuto, e Hassan o convence de ir dar um rolê, o que no final das contas, acaba por ser uma péssima ideia. Não obstante, o rapaz descobre um novo sentimento dentre outras coisas que nem ele mesmo imaginava descobrir.
“Em todo o lugar o homem culpa a natureza e o destino, embora seu destino seja nada mais que o eco de seu caráter e suas paixões, seus erros e suas fraquezas”.

O livro possui vários rodapés que particularmente adorei. Sem contar com um apêndice repleto de matemática depois do fim, explicando os detalhes do teorema. Teorema Katherine é um livro surpreendente, envolvente, interessante, crítico e humorístico. Ele mistura linguagens formais e informais. John Green soube muito bem mesclar fatos reais com Matemática, História, ironia e amor. Só não podemos nos esquecer de uma outra coisa: as Katherines.

Escrito por:


Mylena

 

 

 Mylena Machado, 16 anos, estudante e minha prima. Será nossa resenhista de livros. Pegou mania de ler há dois anos. A primeira saga que a conquistou foi Percy Jackson e os Olimpianos.

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