[Resenha] A Elite, Kiera Cass
Sinopse: A vida no palácio não era tão ruim quanto America imaginava. Ou melhor: com todos os mimos e privilégios que estava tendo, ela já mal se lembrava de como era pertencer à casta Cinco. Ser Um, em compensação, era fácil: suas criadas eram costureiras talentosíssimas e faziam vestidos maravilhosos; os banquetes e as festas que frequentava eram incrivelmente divertidos; e o conforto em que vivia agora seria impensável alguns meses atrás. Além de tudo, quando sentia saudade de casa, tinha Aspen por perto.
Ele era compreensivo, companheiro e tinha decidido colocar sua vida em perigo por ela - afinal, o que aconteceria se alguém descobrisse que, além de guarda do palácio, era ex-namorado de uma das candidatas? Era com Aspen que America contava nas horas mais difíceis. Por outro lado, o príncipe Maxon era atraente, bondoso, carinhoso e - o mais importante - desejava America mais do que qualquer outra garota da Elite.
“– É a coisa mais maravilhosa e terrível que pode acontecer com você – afirmou com simplicidade. – Você sabe que encontrou algo incrível e quer levá-lo para sempre consigo. E um segundo depois de ter aquilo, você fica com medo de perder. (...) O amor é um medo belo”.
A Elite (The Elite) Editora Companhia das Letras (Seguinte)|360 páginas| ISBN 978-85-65765-12-1
Há um detalhe importante a ser citado, pois de outro modo, muitos dos leitores ficariam curiosos. Embora a regra era deixar permanecer 10 garotas dentre as 35, o príncipe elimina 29, o que dá um total de 6 garotas para a Elite.
Para iniciarmos, o nosso cenário continua a ser o palácio. A atmosfera política é tão pouco introduzida quanto no livro anterior. Estamos diante de uma trama cujo principal dilema é: America e suas escolhas. Uma lástima que suas escolhas durante a participação da Elite são nada mais que impensáveis. Contemplamos uma America (assim também como o país) claramente desorientada, tanto em aceitar a coroa, quanto em deixar para trás o amor que pensava ser para vida toda (Aspen – casta 6) e casar-se com o príncipe Maxon (casta 1).
“Mas como decidir entre duas boas opções? Como decidir se qualquer escolha deixaria parte de mim destruída? Me consolei com o pensamento de que ainda tinha tempo. Eu ainda tinha tempo”.
Um dos exemplos da confusão de America é se sentir feliz ao lado de Maxon, e também ao lado de Aspen. Esse garoto de casta 6 se tornou soldado do palácio e, consequentemente, sempre ajeitava um modo de se encontrar as escondidas com America. Presenciamos situações afetivas entre America e Maxon, e America e Aspen.
Está certo que Aspen é ciente da situação de America na Seleção (o que inclui encontros com o príncipe), porém não sabe que sua amada está tão íntima dele. O desagradável é exatamente isso. Não demonstra remorso ao dar escapulidas com Aspen enquanto o príncipe viaja com seu pai para ajudar de alguma maneira a guerra que havia recrudescido na Nova Ásia, por outro lado, sente ciúmes ao ver outra candidata da Seleção com Maxon. Em um determinado momento, America cogita se o príncipe estaria pensando no momento em que a garota estava junto a Aspen em uma de suas escapulidas. Em seu inconsciente, ela sabe que tudo isso é um erro. Que deve escolher rápido.
“Tempo. Eu vinha pedindo muito tempo ultimamente. Tinha a esperança de que, se tivesse tempo suficiente, tudo ia se resolver”.
Como dito na introdução, neste segundo livro da série, descobrimos um lado rigoroso no palácio. Esse lado se revela no capítulo 27 quando America faz uma decisão gritante, que logo a faz se arrepender do fato.
Por fim, não poderia dar por encerrada esta resenha sem destacar as três criadas de America: Anne, Mary e Lucy. Elas são incrivelmente prestativas e fazem os vestidos mais bonitos do castelo.
“Nunca tinha conhecido pessoas tão organizadas quanto aquelas meninas. Com elas ao meu lado, não havia como perder”.
Espero que essa resenha tenha aguçado a curiosidade de vocês. Ressalvo que este é meu ponto de vista, assim, abro um caminho para que vocês sintam-se a vontade e comentem quando e o que quiserem, pois a opinião de todos é valida!
Obrigada pela leitura!
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