[Resenha] A Seleção, Kiera Cass
Sinopse: Para trinta e cinco garotas, a Seleção é a chance de uma vida. É a oportunidade de ser alçada a um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.
Para America Singer, no entanto, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás o rapaz que ama. Abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes.
Então America conhece pessoalmente o príncipe - e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que nunca tinha ousado imaginar.
- A Seleção (The Selection)
Editora Seguinte|368 páginas|ISBN 978-85-65765-01-5
Antes de qualquer coisa, devo dizer que a trilogia é bastante comparada com a saga Jogos Vorazes, embora, deveras, a comparação para no ponto em que as duas se denotam reality shows, e pela fome e a pobreza de determinadas “castas” (são 8 no total), o que consequentemente gera certo cenário de revolução.
As duas sagas têm valores diferentes, povos diferentes e poderes diferentes. Em Jogos Vorazes nos deparamos com um poder absolutamente centralizador, cujo presidente da então PANEM, Presidente Snow, tem o país em suas mãos e faz parecer exatamente tudo o que quiser que pareça. Já em AS, o poder amplifica-se ao rei Clarkson (o rei como poder maior, claro), na rainha Amberly e em seu filho, príncipe Maxon, assim podendo dizer que o mesmo se revela como um ser muito adorável, diferente do Presidente Snow, cujos ataques e destruições ao povo vêm de suas ordens. Em A Seleção, o terror é feito por rebeldes determinados sulistas e nortistas. Agora vamos ao que interessa!
Para darmos início a resenha, vamos conhecer um pouco do cenário por onde se passa os acontecimentos. Estamos diante de um país chamado Iléa. Antes de ser concebido a este nome, era chamado de Estado Americano da China, porque, de acordo com o livro, os Estados Unidos ficaram em dívida com a China, por conseguinte, este determinou invadi-los. Paremos por aqui essa aulinha de história, porque A Seleção narra precipuamente a respeito da tão acirrada Seleção, o que não é um fenômeno, muito menos um acaso, e sim quase como que uma cerimônia real, não tendo uma data preestabelecida para sua ocorrência.
O glorioso “porquê” desse fato é captar 35 garotas dentre toda Iléa. No livro diz que acontece um sorteio para a escolha das 35, mas lógico que eles querem as mais lindas para fazer parte desse reality, pois além de apenas a inscrição de dados pessoais, eles tiram uma foto de cada garota. O objetivo é que o príncipe Maxon vá eliminando garotas com as quais ele menos tem afinidade, até sobrarem dez, para que assim essas dez garotas façam parte da Elite (assunto a ser tratado no segundo livro da série). Em vista disso, é marcado encontros, jantares e saídas. Imagine um garoto saindo com 35 garotas ao mesmo tempo. Pois é! Claro que uma garota por vez. A escolhida (assunto a ser tratado no terceiro livro da série) quem será nomeada princesa. Pode parecer um pouco óbvio, mas quem sabe as aparências não enganam?
Voltando ao início do livro, ficamos inquietos com a empolgação da mãe de America Singer (casta 5), uma artista que canta e toca piano excelentemente bem. A exaltação de sua mãe vem da carta que a família Singer recebera, cujo conteúdo era uma chamada para meninas entre dezesseis a vinte anos solicitando sua inscrição na Seleção (não importava de qual casta pertencia). A princípio, America estava decida não tentar a sorte. Usar a coroa, ser princesa, ter conforto e segurança (não sabia que o palácio não era tão seguro assim até ter estado lá dentro), dentre outros tratamentos reais. Sua certeza se concretizou no dia em que Aspen (namorado secreto de America por dois anos, casta 6) insistiu para que ela se inscrevesse, porque ele se sentia um obstáculo entre sua amada e a mordomia e conforto que os dois nunca ousariam pensar em ter. E então ela foi selecionada!
"Regras demais, estrutura demais, gente demais. Eu só queria ficar sozinha com um violino".
Já no castelo, America se vê diante dentro de uma, como ela própria diz, jaula. Sentia-se pressionada no meio de tantas garotas finas, como se não pertencesse àquele lugar, e isso era de se esperar, levando em consideração que a garota era, vulgarmente, pobre. Lá, ela tinha aulas de história e bons modos. Achava o príncipe Maxon metido e apostava que ele não se importava tanto assim para seu povo, até conhecê-lo.
“Quando choram, as mulheres nem sempre querem que você resolva o problema. Elas só querem ser consoladas".
Detalhe: Ao ser selecionada, America deixou de pertencer a casta 5 e se tornou uma Três!
Certa noite, a senhorita Singer sai correndo porta afora de seu quarto a procura de ar. Se esbarra com os guardas na porta do palácio que não a deixa sair e (antes mesmo de ler eu já sabia) o príncipe Maxon aparece (com uma entrada triunfal!) e ordena que os guardas abram a porta. O restinho desse primeiro encontro dos dois é segredo para você que ainda não leu. Posso assegurar que não decepciona.
“Era evidente que minha preferencia pelo outro o incomodava, mas em vez de escolher o ódio, ele demonstrou compaixão .Esse gesto me fez confiar nele”.
Em suma, não é tão abordado o quadro político e revolucionário, o que é uma pena, porém não influencia na essência do livro, e sim o estado psicológico que a Seleção causa na vida interpessoal e sentimental da queridinha do público e do príncipe, America Singer.
Casta 1: A nobreza e o Clero.
Casta 2: Celebridades, modelos, atletas profissionais, políticos, atores e oficiais.
Casta 3: A elite, educadores, filósofos, inventores, escritores, cientistas, médicos, veterinários, dentistas, arquitetos, bibliotecários, engenheiros, psicólogos, cineastas, produtores musicais e advogados.
Casta 4: Fazendeiros, joalheiros, corretores de imóveis e de seguros, chefes de cozinha, mestres de obras, proprietários e donos de restaurantes, lojas, hotéis e trabalhadores de indústrias.
Casta 5: Artistas, músicos, fotógrafos e dançarinos.
Casta 6: Secretários, serventes, governantas, costureiras, balconistas, cozinheiros e motoristas.
Casta 7: Jardineiros, pedreiros, lavradores, pessoas que limpam calhas e piscinas, e quase todos os trabalhadores braçais.
Casta 8: Pessoas com deficiência (especialmente quando desamparadas), viciados, fugitivos, sem-tetos, bastardos e traidores (acrescentei por conta própria essa última característica). As informações acima foram extraídas do seguinte link: A Seleção - Wikipédia, a enciclopédia livre
Espero que essa resenha tenha aguçado a curiosidade de vocês. Ressalvo que este é meu ponto de vista, assim, abro um caminho para que vocês sintam-se a vontade e comentem quando e o que quiserem, pois a opinião de todos é valida!
Obrigada pela leitura!
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